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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Quem sou eu diante do meu Senhor?


Na Semana Santa, o Papa convida a uma reflexão sobre como nos portamos diante do mistério da morte de Jesus e da sua ressurreição
Papa Francisco durante celebração do Domingo de Ramos
Durante a celebração de Ramos e Jornada Mundial da Juventude Diocesana, no domingo (13), o papa Francisco deixou de lado a sua homilia escrita e improvisou uma profunda reflexão recordando os personagens descritos na leitura do Evangelho deste domingo. O Papa pediu um exame de consciência a todos os fiéis, e com qual personagem nos identificamos.
Esta semana tem início com a procissão alegre com os ramos de oliveira – disse o Papa -: todo o povo acolhe Jesus. As crianças, os jovens cantam, louvam a Jesus. Mas esta semana vai avante no mistério da morte de Jesus e da sua ressurreição. Ouvimos as palavras da Paixão do Senhor. Então o Papa faz uma pergunta:
Quem sou eu diante do meu Senhor? Quem sou eu, diante de Jesus que entra em festa em Jerusalém? Eu sou capaz de expressar a minha alegria, de louvá-lo? Ou me distancio? Quem sou eu, diante de Jesus que sofre? Ouvimos muitos nomes: muitos nomes. O grupo de líderes, alguns sacerdotes, alguns fariseus, alguns mestres da lei que tinham decidido matá-lo. Eles estavam esperando a oportunidade para prendê-lo.
Eu sou como um deles? Também ouvimos outro nome: Judas. 30 moedas. Eu sou como Judas? Ouvimos ainda outros nomes: os discípulos que não entendiam nada, que se adormentavam enquanto o Senhor sofria.
A minha vida está adormentada? Ou sou como os discípulos, que não entendiam o que significava trair Jesus? Como aquele discípulo que queria resolver tudo com a espada: eu sou como eles?
Eu sou como Judas, que finge amar e beija o Mestre para entregá-lo, para traí-lo? Eu sou um traidor? Eu sou como os líderes que, com pressa, fazem o tribunal e procuram falsos testemunhos: Eu sou como eles? E quando eu faço essas coisas, se eu as faço, acredito que com isso salvo o povo?
Eu sou como Pilatos que, quando vejo que a situação está difícil, eu lavo as minhas mãos e não sei assumir a minha responsabilidade e deixo condenar – ou condeno eu – as pessoas? Eu sou como aquela multidão que não sabia bem se se encontravam em uma reunião religiosa, ou num processo ou em um circo, e escolhe Barrabás? Para eles é a mesma coisa: era mais divertido humilhar Jesus.
Eu sou como os soldados que batem no Senhor, cospem n’Ele, O insultam, se divertem com a humilhação do Senhor? Eu sou como o Cirineu, que voltava do trabalho, cansado, mas ele teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz? Eu sou como aqueles que passavam diante da Cruz de Jesus e zombavam d’Ele: “Mas … tão corajoso! Desça da cruz, e nós vamos acreditar n’Ele”. O insulto a Jesus … Eu sou como aquelas mulheres corajosas, e como a Mãe de Jesus, que estavam ali, sofrendo em silêncio?
Eu sou como José, o discípulo escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para sepultá-lo? Eu sou como essas duas Marias que permanecem na porta do sepulcro, chorando, rezando? Eu sou como esses líderes que no dia seguinte foram a Pilatos para dizer: “Mas, olha ele dizia que iria ressuscitar; que não seja mais um engano”, e bloqueiam a vida, bloqueando o sepulcro para defender a doutrina, para que a vida não venha para fora? Onde está meu coração?
E o Papa conclui: “A qual dessas pessoas eu me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana.
Com informações da Rádio Vaticano

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